Em abril, segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a Bahia gerou
14.353 postos com carteira assinada (diferença entre 90.186 admissões e 75.833
desligamentos). Trata-se do quarto mês seguido com saldo positivo. Os dados
foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da
Bahia (SEI).
O saldo de abril se revelou superior ao de março (+3.622 postos) e se mostrou o
segundo maior do ano no estado. No comparativo anual, o resultado também foi
maior do que o de abril do ano passado (+10.932 postos). A Bahia, assim, passou
a contar com 2.184.274 vínculos celetistas ativos, uma variação de 0,66% sobre
o quantitativo do mês anterior.
Na Bahia, em abril, quatro das cinco grandes atividades registraram saldo
positivo. O segmento de Serviços (+7.850 vagas) foi o que mais gerou postos. Em
seguida, vieram Indústria geral (+2.712 vínculos), Construção (+2.304 vagas) e
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+1.982 postos). O
setor Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-495
empregos), portanto, foi aquele com supressão líquida de postos.
No mês, o Brasil computou um saldo de 257.528 novas vagas, enquanto o Nordeste
registrou uma geração líquida de 45.642 postos – variações de 0,54% e 0,57%
sobre o estoque do mês anterior, respectivamente. A Bahia (+0,66%), portanto,
exibiu um aumento relativo maior do que os da região nordestina e do país.
Das 27 unidades federativas, houve crescimento do emprego celetista em todas
elas em abril. A Bahia exibiu o sexto maior saldo do país. Em termos relativos,
a unidade baiana situou-se na nona posição.
No Nordeste, portanto, todos os estados também experimentaram alta do emprego
formal. Em termos absolutos, a Bahia ocupou a primeira colocação entre as
unidades nordestinas. Em termos relativos, por outro lado, o estado baiano
situou-se na terceira posição.
Acumulado do ano
No agregado do ano, a Bahia preencheu 46.450 novas vagas – aumento de 2,17% em
relação ao total de vínculos do começo do ano.
Segundo o especialista em produção de informações econômicas, sociais e
geoambientais da SEI, Luiz Fernando Lobo, “a geração de postos de trabalho com
registro em carteira na Bahia continua surpreendendo em 2025, visto que o saldo
acumulado de janeiro a abril deste ano, com mais de 46 mil novos postos, supera
o resultado para o mesmo conjunto de meses do ano passado, quando 36.942 novos
vínculos empregatícios foram estabelecidos”.
De janeiro a abril, quatro dos grandes grupamentos registraram resultado
positivo. O setor de Serviços (+27.945 vagas) foi o de maior saldo. Em seguida,
Indústria geral (+9.449 vínculos), Construção (+6.485 empregos) e Agricultura,
pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+2.959 empregos) também
foram responsáveis pelo surgimento de vagas. No caso, apenas Comércio;
reparação de veículos automotores e motocicletas (-387 vagas) registrou perda
líquida de postos no ano.
O crescimento do emprego também foi observado no Brasil e no Nordeste no ano,
com 922.362 e 78.567 novas vagas, respectivamente – altas de 1,95% e 0,99% em
relação ao quantitativo do início de 2025. A Bahia (+2,17%), dessa forma,
exibiu um crescimento relativo maior tanto do que o do Nordeste quanto do que o
do país.
No acumulado do ano, 26 unidades federativas contaram com aumento de empregos
celetistas. A Bahia exibiu o sétimo maior saldo agregado do país e o maior do
Nordeste. Em termos relativos, a Bahia se posicionou na 11ª colocação no país e
na primeira posição na região nordestina.
A série histórica do CAGED está no painel do Mercado de Trabalho na plataforma
do InfoVis Bahia.
Fonte: Ascom/SEI