A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou que seu
presidente Samir Xaud está entre os investigados pela Justiça Eleitoral de
Roraima, no caso da Operação Caixa Preta, motivo pelo qual agentes da Polícia
Federal teriam cumprido mandados na própria sede da entidade, localizada no Rio
de Janeiro.
A CBF, no entanto, acrescenta que Xaud “não é o centro das
apurações”, e que “nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes”
durante a ação.
Operação Caixa Preta
A Operação Caixa Preta foi deflagrada pela Polícia Federal
com o objetivo de investigar supostos crimes eleitorais que teriam sido
praticados em Roraima, estado onde Samir Xaud chegou a ser candidato a deputado
federal pelo MDB em 2022.
Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Roraima
e no Rio de Janeiro. De acordo com a PF, a investigação teve início após a
apreensão de R$ 500 mil, em setembro de 2024, às vésperas das eleições
municipais.
Foi também determinado o bloqueio judicial de mais de R$ 10
milhões nas contas dos investigados.
Nota da CBF
Em nota divulgada a jornalistas, a CBF confirmou que recebeu
agentes da Polícia Federal em sua sede entre 6h24 e 6h52 da quarta-feira, “num
desdobramento de investigação determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima”.
“É importante ressaltar que a operação não tem qualquer
relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir
Xaud, não é o centro das apurações”, acrescentou.
Segundo a entidade, Samir Xaud permanece tranquilo e à
disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam
necessários.
A Agência Brasil não conseguiu contatar Samir Xaud.