A primavera teve início há pouco menos de um mês, porém a
preparação para o verão já começou. O serviço Climatempo revelou que as
projeções climatológicas para a próxima temporada indicam temperaturas que
podem atingir a faixa dos 38°C, com sensação térmica acima dos 40°C. Essas
máximas já poderão ser registradas em dezembro, especialmente nas áreas mais quentes
do estado.
A empresa de climatologia também indicou a possibilidade de
temporais pontuais durante a estação, as chamadas chuvas de verão. “As altas
temperaturas formam uma convecção na atmosfera, provocando chuvas intensas nos
finais de tarde, acompanhadas de descargas atmosféricas e rajadas de vento
forte. Essas precipitações são as conhecidas chuvas de verão”, destacou Vitor
Hassan, Head da Climatempo.
A partir da segunda quinzena de janeiro, a tendência é de
chuvas mais frequentes e distribuídas, com bandas de nebulosidade atuando por
períodos mais prolongados, o que deve diminuir ligeiramente as temperaturas,
embora o calor ainda predomine. Mesmo com esse aumento da umidade, o estado
seguirá sob o domínio de um verão tipicamente baiano — quente, úmido e de forte
intensidade térmica.
INVESTIMENTOS NA REDE DE ENERGIA ELÉTRICA
Diante do cenário apresentado, a Coelba elaborou um plano
robusto aumentar a robustez da rede elétrica e mitigar o impacto climático no
sistema. De 2024 até o primeiro semestre de 2025, a distribuidora investiu R$
4,7 bilhões em obras de reforço e implantação de novas tecnologias, aumentando
a resiliência do sistema.
“Uma das principais novidades para o verão deste ano é a
aquisição de baterias para armazenamento de energia. Este equipamento possui
tecnologia de ponta, possibilitando uma melhor qualidade no fornecimento de
energia e maior satisfação dos nossos clientes. Também adquirimos 359 novas
antenas Starlink, que garantem que a comunicação entre os eletricistas e o
Centro de Operações Integradas aconteça mesmo em locais isolados e sob forte
chuvas”, explicou o superintendente Técnico da Coelba, Thiago
Martins.
A Coelba também realizou 310 mil podas neste ano, volume 22%
superior quando comparado ao mesmo período de 2024. Esta ação mitiga uma das
principais causas para ocorrências em temporais: a queda de árvores sobre a
rede elétrica. O planejamento contempla, ainda, o acompanhamento constante do
clima, análise de cenários, definição dos níveis de emergência e a
possibilidade de triplicar a quantidade de equipes em campo durante
contingências.