Cesta básica de Feira de Santana fecha mês de novembro com menor valor de 2025

Foto: Divulgação

O valor da cesta básica, definida pelo Decreto-Lei Nº 399, de 30 de abril de 1938, que estabelece 12 produtos alimentares (arroz, feijão, farinha, carne, tomate, banana, óleo, café, leite, açúcar, pão e manteiga) e suas respectivas quantidades, passou a custar R$ 521 no mês de novembro de 2025, em Feira de Santana. Este valor representou queda de 4,63% em comparação com o mês de outubro, de acordo com a pesquisa do Programa “Conhecendo a Economia Feirense: o custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos”, do curso de Ciências Econômicas, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

Dos doze produtos que compõem a cesta, apenas dois sofreram aumentos em seus preços médios. Os produtos que registraram as elevações foram a carne (3,08%) e o feijão (1,16%). Os alimentos que tiveram as maiores reduções em seus preços médios foram o tomate (-23,89%), a banana-prata (-9,34%) e o pão (-5,09%).

No mês de novembro o tomate foi o produto com a maior redução, devido ao aumento da oferta em decorrência do início da safra de verão. O aumento crescente da quantidade deste produto no mercado, neste período, deve-se à elevação da temperatura, que proporcionou a maturação mais rápida do alimento.

Com relação as variações dos preços da cesta básica em Feira de Santana no último trimestre (setembro/outubro/novembro) e nos últimos 12 meses (novembro de 2024 a novembro de 2025), observa-se queda do preço da cesta básica no curto e no longo prazo, no curto prazo a queda foi de -6,23%, e no longo prazo a queda foi de -2,59%.

Segundo a pesquisa, observa-se que houve redução do preço de quase todos os produtos no último trimestre, exceto a carne e o feijão, essas reduções proporcionaram queda no preço da cesta básica de Feira de Santana.

Ao se averiguar os últimos 12 meses, ou seja, de novembro de 2024 a novembro de 2025, o preço da cesta básica caiu 2,59%. Nesse período, os produtos com as maiores reduções foram o arroz, o açúcar e o leite. E as maiores altas foram observadas para o café, o tomate, o óleo de soja e a carne.

Sobre a trajetória evolutiva dos preços da cesta básica nos últimos 12 meses, verificam-se movimentos de elevação dos preços a partir de novembro de 2024 a abril de 2025, se mantendo praticamente constante entre os meses de maio de 2025 a julho de 2025, com posterior redução dos preços até novembro.

Ao analisar o percentual de gasto de cada alimento no preço da cesta, ou seja, a participação percentual de cada alimento (preço médio multiplicado pela quantidade estabelecida de cada produto na cesta) no preço total da cesta, os produtos que mais pesaram na composição do preço da cesta básica foram a carne, o pão e a banana-prata e os produtos que menos pesaram na cesta foram o arroz, o açúcar e o óleo de soja.

Os gastos com as despesas do café da manhã (pão, manteiga, café, leite e açúcar) totalizaram 38,85% do preço da cesta e a participação relativa do almoço (arroz, feijão, farinha e carne) foi de 39,07% do preço da cesta. Essas duas grandes refeições representaram 77,92% do preço da cesta, sendo que o feirense gastou, em média, R$ 204,11 (3,4% a menos que em outubro) com o café da manhã e gastou R$ 199,69 com o almoço (1,94% a mais que em outubro).

O preço da cesta básica ocupou 37,10% do salário mínimo líquido (salário mínimo descontada a contribuição previdenciária de 7,50%), 1,8 pontos percentuais inferior ao observado em outubro, exigindo que o trabalhador feirense trabalhasse 85 horas e 35 minutos para adquirir a cesta básica, resultando em uma hora e dezessete minutos a menos de trabalho para comprá-la.

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