No próximo sábado, 16 de agosto, Feira de Santana será palco de uma roda de conversa dedicada à reflexão sobre as histórias de vidas negras — consagradas e leigas — que se destacaram nas lutas antirracistas no Brasil e na defesa dos direitos humanos na África.
O encontro, promovido pelo Núcleo de Assistência Social Arquidiocesano (NASD), acontece no Auditório Pe. Avelino Brugos, na Cúria Metropolitana, das 8h30 às 12h, e conta com a presença da Profa. Dra. Patrícia Teixeira Santos, Pós-Doutoranda pelo PPGH/UFBA.
Durante a roda de conversa, serão debatidas as trajetórias de vidas negras e suas conexões com a história da luta antirracista e com a atuação de militantes negros católicos. O momento também será dedicado à análise e reflexão sobre estas experiências, visando construir caminhos de resistência, promoção dos direitos e superação da intolerância religiosa.
“Pesquisas realizadas com pessoas envolvidas em missões, agentes sociais católicos, outras experiências cristãs e militantes cristãos antirracistas revelam aspectos das histórias pessoais e comunitárias que precisam ser conhecidos e debatidos. Essa forma de pesquisar e refletir nos permite descobrir elementos fundamentais para trazer às lutas contemporâneas. Nossa formação abordará esses pontos em conjunto, ajudando-nos a dialogar com nossas ações atuais”, afirma a palestrante.
A Profa. Dra. Patrícia Teixeira Santos é Professora Associada de História da África da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), pesquisadora colaboradora do Centro Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória da Universidade do Porto (Portugal), do LAM – Laboratório As Áfricas no Mundo do Instituto de Ciências Políticas da Universidade de Bordeaux (França) e do Departamento de Estudos Africanos da Universidade de Délhi (Índia).
Vigário da Paróquia São Roque dos Pretos, na Matinha, e Coordenador Arquidiocesano da Pastoral Afro-Brasileira, Padre Ibrahim Muinde destaca a importância do evento promovido pelo NASD, com participação aberta ao público.
“Sem dúvida será uma oportunidade para refletirmos, para partilharmos e fortalecermos não só a luta e a resistência, mas construindo também caminhos de esperança em busca de uma sociedade mais justa e igualitária. Ao olharmos a história da Igreja, nos deparamos com diversas figuras consagradas e leigas que foram protagonistas desta luta e, por isso, são inspiração e modelo para todos nós”, destacou o religioso.