Muita gente cresceu ouvindo que a pressão arterial “normal” era de 12 por 8. Mas, segundo as novas diretrizes médicas internacionais, esse patamar já não é considerado ideal: atualmente, leituras a partir desse valor são classificadas como pré-hipertensão, o que acende um alerta para a prevenção de doenças cardiovasculares.
A cardiologista Obdulia Linares, entende que a classificação da pressão arterial é essencial para identificar riscos e adotar cuidados no dia a dia. Veja como funciona a nova tabela de referência:
- Normal: abaixo de 12 por 8 (120/80 mmHg)
- Pré-hipertensão: entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9
- Hipertensão estágio 1: entre 14 por 9 e 15,9 por 9,9
- Hipertensão estágio 2: acima de 16 por 10
A pressão baixa, por sua vez, é caracterizada quando os valores estão abaixo de 9 por 6 (90/60 mmHg) e, embora muitas vezes não traga grandes complicações, pode causar tontura, desmaios e falta de energia, merecendo atenção médica.
“É importante lembrar que a hipertensão é uma doença silenciosa, que muitas vezes não apresenta sintomas até causar complicações graves, como infarto ou AVC. Por isso, medir a pressão com frequência e manter um acompanhamento regular é fundamental”, explica a cardiologista.
Além do acompanhamento médico, algumas medidas simples ajudam a manter a pressão em níveis adequados:
- Praticar atividade física regularmente;
- Reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados;
- Evitar excesso de álcool e cigarro;
- Manter o peso adequado;
- Gerenciar o estresse e cuidar do sono.
“Quando falamos em pressão, não existe apenas ‘alta’ ou ‘baixa’. Cada resultado pode indicar um estágio diferente da saúde cardiovascular, e quanto antes a pessoa souber interpretar e cuidar, maiores são as chances de prevenção”, reforça a especialista.