O Parque de Exposições de Salvador recebe, até o próximo domingo (7), a 34ª edição da Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro). A programação reúne exposições e leilões de animais de alta genética, provas equestres, atrações culturais, gastronomia regional, turismo rural e serviços gratuitos oferecidos por diversos órgãos e secretarias do Governo do Estado. A expectativa é de que cerca de 200 mil visitantes circulem pelo espaço ao longo dos oito dias de evento.
A abertura oficial ocorreu no domingo (30), com a
presença do governador Jerônimo Rodrigues, que destacou a relevância da feira
para o agronegócio, a economia baiana e a valorização das identidades do campo.
“A Fenagro é um espaço estratégico para fortalecer nossas cadeias produtivas,
aproximar público e produtores e apresentar as inovações que estão
transformando o agro baiano. É uma feira que movimenta negócios, gera empregos,
impulsiona o desenvolvimento regional e reafirma o papel do campo na economia
da Bahia”, afirmou.
Com a participação de 600 expositores de 12 estados
brasileiros, a Fenagro apresenta 3 mil animais ao público. A edição deste ano,
iniciada no sábado (29), traz novidades como o novo pavilhão Feira das Feiras,
que reúne produção agropecuária, artesanato e produtos de identidade
territorial de 20 municípios baianos.
O evento também conta com torneio leiteiro das raças Gir
Leiteiro e Girolando, além de competições que destacam o desempenho funcional
dos animais e estimulam a participação de públicos diversos. O Pavilhão
Institucional do Governo do Estado ocupa uma área de mais de 3 mil metros
quadrados, com exposição de 40 estandes.
A Secretaria da Agricultura (Seagri) instalou sua sede
institucional dentro do Parque de Exposições, que funciona como centro de
serviços, oferecendo orientações técnicas, demonstrações tecnológicas e
análises laboratoriais conduzidas pelo Centro Tecnológico Agropecuário da Bahia
(Cetab). A estrutura também promove encontros estratégicos, capacitações e
reuniões das Câmaras Setoriais do Sisal, Cacau, Dendê e Citrus.
Para o secretário da Agricultura, Pablo Barrozo, a
iniciativa aproxima ainda mais o Estado das demandas do setor, fortalecendo o
diálogo com produtores, técnicos e pesquisadores. “A Fenagro é a oportunidade
ideal para estarmos lado a lado com quem faz o agro na Bahia, oferecendo
conhecimento, serviços e tecnologia. Ao trazer nossa estrutura para dentro do
Parque, garantimos um atendimento mais próximo e ampliamos a troca com quem
impulsiona o setor”, destacou.
Ambiente imersivo
A feira também conta com um espaço imersivo da Secretaria do Meio Ambiente
(Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que recria
a atmosfera da Mata Atlântica com elementos sensoriais, painéis educativos,
distribuição de mudas nativas e uma área dedicada às queimadas florestais, onde
os visitantes vivenciam, por meio de realidade virtual, os impactos do fogo na
natureza. “As pessoas ficam impressionadas com a experiência. Muita gente nunca
tinha visto de perto a riqueza da Mata Atlântica e, ao mesmo tempo, percebe com
clareza como as queimadas afetam o bioma. É um aprendizado que toca e
conscientiza”, afirmou o professor Caio Valente, que visitou a feira neste
domingo.
Além disso, a programação inclui o Salão Internacional,
promovido pela Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur-BA), que
apresenta a cultura e a gastronomia baiana como ferramentas de promoção
turística e estímulo a novos negócios. No campo econômico, a Fenagro deve
movimentar mais de R$ 120 milhões em negócios diretos envolvendo máquinas,
insumos e animais, enquanto os leilões têm expectativa de superar R$ 8 milhões
em receita.
A Secretaria de Política para as Mulheres (SPM) marca
presença com 21 empreendimentos produtivos liderados por mulheres no pavilhão
Feira das Feiras, oferecendo espaço para exposição e comercialização de
produtos artesanais, cosméticos naturais e peças de trabalho manual. A
iniciativa reforça a inclusão socioprodutiva, amplia oportunidades de geração
de renda e fortalece a autonomia econômica feminina.
Já a Secretaria da Educação apresenta produções das escolas-fábricas da rede estadual, que levam alimentos, artigos de couro, itens de higiene e outros produtos desenvolvidos pelos estudantes. A ação aproxima a formação técnica do cotidiano dos territórios, valoriza saberes locais e incentiva o protagonismo juvenil, com alunos explicando processos produtivos e compartilhando pesquisas que conectam a escola ao desenvolvimento regional.
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